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São Dimas perdoa piratas?

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  (Arte de Silvio Haddad) 1659       O inverno escocês castigava a costa que abrigava a igreja de São Dimas. Nas ameias dos grandes paredões que protegiam a catedral das ondas, estava um garoto que brincava com uma ferramenta nova que havia chegado para os monges. O artefato tinha formato cilíndrico e era brilhante, se tratava de uma luneta. O garoto não devia estar com aquilo em mãos, mas era curioso e percebeu que aquilo lhe dava uma visão além do alcance. Foi então que apontou para o mar na esperança de ver piratas ou navios da marinha. Mesmo tendo esperanças não achou que veria, de fato, um barco; Um barco grande e cheio de velas brancas e em seu casto lia-se "The Fancy". O menino sentiu sua alma sair do corpo e voltar, de tão gelado que sentiu seu coração. Disparou em direção a sala do bispo e disse: -PIRATAS, FREI JHON, PIRATAS LOGO ALI FORA!! O NAVIO DE HENRY AVERY!!     O frei parou seus afazeres e olhou por cima de seus óculos serenamente, andou até as ameias, olhou

Elfos, Arcos e Magias

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       Imagem via:  Lawrence Painting      Karl acordou e, por um segundo, esqueceu de onde estava, mas logo as dores tomaram seu corpo. Ao abrir os olhos parecia que enxergava através de um vidro embaçado. Com alguns segundos sua visão foi se ajustando e pode ver um rosto fino e de grandes olhos azuis à sua frente- Você está melhor forasteiro? - Perguntou a elfa. Seu rosto tinham finas linhas prateadas desenhadas que lembravam raízes de árvores, seus lábios eram finos e claros - Consegue falar? - Então a elfa abanou sua mão em frente a os olhos de Karl.  -Ai-Resmungou com uma voz grave e cansada-Consigo falar, mas ainda dói... Onde estou? -Está em um acampamento, um acampamento Dalish. Nós te resgatamos de um bando de magos malucos que estavam tentando controlar uns demônios por aí- Disse a elfa tocando levemente em uma das orelhas pontudas-Qual seu nome? Eu sou Ariall. Não sei ler essa runas Tevinterianas na sua tatuagem. -Meu nome e Karl, você viu um homem baixinho e meio balofo que

Um sorriso para o fim

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      Aquela região de Ferelden costumava ser mais quente. Karl, em cima de seu cavalo negro, ia esfregando suas mãos e as baforando de tempos em tempo. Até que um homem gordo a sua frente, em um cavalo malhado, diminuiu o ritmo e perguntou: -O que sabe sobre a nossa carga?      Era a primeira vez que aquele homem com um corpanzil desajeitado fazia esse tipo de serviço, sua barba era rala e branca e suas bochechas muito vermelhas, sua careca era enrugada, assim como seus olhos. O questionador, quase caindo de seu cavalo, se referia à figura encapuzada em um cavalo cercado por três outras. Esses últimos usavam as mesmas vestes em panos pretos. -É o tipo de carga que o quanto menos você souber, melhor.      Karl era um mercenário e não tinha nenhuma glória notável em seu histórico, mas era esperto o suficiente para saber que aquilo não era algo normal. Os quatro homens encapuzados chegaram à cidade oferecendo dinheiro para quem os acompanhassem até West Hill. Eles claramente não

Um último voo

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      A noite era fria no  Guarujá. Apenas em alguns dias a dentro do inverno casacas e cobertores já começavam a se fazer necessárias. No luxoso Grand Hôtel de la Plage já eram feitos os preparos para o famoso Santos Dumont ir recolher-se. Seu sobrinho planejava uma viagem à capital. As notícias de uma possível guerra dada à Revolução constitucionalista preocupavam Jorge Dumont que tinha negócios na capital.     Naquele mesmo dia Santos Dumont ouviu aviões sobrevoando a cidade. Sabia que tinham intenções militares.   O simples relance do pensamento das possíveis vidas que sua invenção tiraria era horrível. Mas era um homem que entendia as necessidades do mundo moderno. Enquanto uma camareira já o servia com seu costumeiro conhaque antes de dormir Dumont, já com uma bengala e mancando, sentava-se em uma velha poltrona em frente a pequena sacada e apreciava os ir e vir das ondas iluminadas pela luz branca da lua cheia. O cheiro da maresia era impregnante e ao mesmo tempo revitalizante.

My Hero Lesson

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        Durante um recesso da escola preparatória de heróis  Midoriya foi convidado por All Might para visitar os Estados Unidos da América. Um mundo diferente. Quando pensou em ir para a América Midoriya não pensava que teria que passar pela situação que se encontrava agora. Ele estava encurralado dentro de um prédio. Não sabia quem o havia seguido, mas estava usando tudo que tinha naquela luta.  -Saia agora e se renda, não há motivo para lutarmos e eu acabar te machucando. Você ainda não fez nenhum mal para ninguém, aproveite sua chance-  Midoriya falava isso com a respiração pesada. Estava pelo quarto andar de um prédio abandonado. A sala era escura e úmida. Podia se ouvir o gotejar de algum cano quebrado por ali, quanto o cheiro de mofo era presente.     Nesse momento pequenas capsulas foram disparadas na direção do herói uniformizado que levantou os braços rapidamente e se defendeu antes que elas explodissem. Em uma sequência assustadoramente rápida uma lata de rolou par

Precisa-se de Ajuda

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           Era mais um dia qualquer na Fenda do Biquíni. Ou pelo menos era para a maior parte da vasta população. Mas para aquele singelo grupo de amigos era um dia triste, um dos mais tristes que já haviam enfrentado até então. Todos se reuniam frente a uma lápide com o epitáfio "Um amigo e alegre esponja; Descanse em paz". Todos aqueles que bem conhecemos compareceram, até mesmo aqueles que diziam não gostar de Bob.     No início todos tentaram continuar com suas vidas, mas viram que nada mais seria como antes. Bob Esponja era essencial para o modo de vida como conheciam. Sandy foi a primeira a apresentar problemas, seus experimentos já não tinham tanta graça sem seu antigo amigo para ajuda-la. O Siri cascudo colocou uma placa na frente do estabelecimento que dizia "Precisa-se de ajuda". Inicialmente as filas para o novo emprego eram gigantes, mas com as pessoas foram desanimando. O seu Siriguejo não aceitava ninguém mais como o substituto na cozinha, ninguém tinh

Hordas

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             Edward Elric corria com passos longos fugindo. Eram muitos atrás dele. Vez após outro batia sua mão uma na outra, para em seguida tocar o chão e criar paredes de pedra para impedir a horda gigante de seres atrás dele. O alquimista de ferro havia vindo naquela vila para investigar algumas denuncias de algo estranho ocorrendo. Quando chegou foi recebido pela cidade vazia a principio. Contudo, depois de explorar um pouco começou a ser atacado por seres quase humanos. Eles eram exatamente como humanos, mas seus olhos eram vermelhos e sua pele era cinza esverdeada, como se tivesse em decomposição. No início foi fácil repelir alguns. Eles eram fortes, mas desengonçados. Quando seus números começaram aumentar exponencialmente o problema começou a ficar mais complicada.           Correndo percebeu que correr não seria efetivo por muito tempo, suas paredes eram contornadas ou destruídas e as criaturas não pareciam se cansar. Precisava encontrar a fonte de tudo aquilo. Edward enca