A Estrela na Tempestade
O casal chegou um dia antes da
reunião e se hospedou em um hotel no centro da cidade, depois de algumas horas
que o rapaz havia saído, Kori decidiu dar uma andada pela cidade e talvez comer
um cachorro quente em algum lugar. Vestiu uma calça jeans e uma camiseta da NASA
e saiu. A heroína era facilmente reconhecida onde quer que fosse. No inicio,
quando Kori, tinha chego na terra fugido da escravidão que sofria em outro
planeta, se assustava com as aglomerações e com os pedidos de fotos. Porém,
atualmente se divertia com a atenção que recebia. Achava engraçadinho ver os
humanos andando para lá e para cá como se estivessem ocupados com as coisas
mais importantes do planeta a ponto de nem olharem para seus iguais envolta,
mas ao ver sua imagem se alegravam e se derretiam de felicidade com a visão
exótica. Estelar era uma Tamareana, um dia havia sido princesa de outro mundo,
contudo depois de uma série de infortúnios acabou sendo escravizada e
feita de cobaia. Sua pele era laranja e qualquer um que tocasse a tocasse
sentira o pulsar da energia solar que corria em suas veias e a rigidez de aço
de seus músculos. Seus cabelos eram um show a parte, de um laranja incandescente que
chamava atenção em qualquer lugar em que estava, era volumoso e se ficasse
muito tempo olhando para ele parecia as mechas do cabelo ondulado se
mexiam como labaredas. Seu corpo era definido e esbelto. Seus olhos eram
como safiras verdes que mostravam o poder. Era uma deusa ao olhar
terráqueo.
Não só em aparência era como uma deusa. Estelar era capaz
de absorver a energia solar e fazer coisas impressionantes com isso. Podia
voar, tinha força sobre humana, era capaz de lançar rajadas de energia de suas
mãos. As vezes sentia que podia fazer mais se realmente quisesse, mas
geralmente se continha, pois quando chegava em certos limites sentia como se
fosse explodir com a energia solar.
Depois de uma sessão de fotos e cachorro quente decidiu
olhar a cidade de cima e alçou voo deixando um raio laranja de luz para
trás. junto com aplausos e suspiros. Olhou tudo lá de cima, Gotham era
uma cidade feia, quase como se fosse triste em sua própria arquitetura. Era uma
cidade cheia de super vilões lunáticos e de crime organizado, as vezes se
perguntava se o Batman só não piorava tudo por ali, pois mesmo depois de anos
de trabalho de luta contra o crime não era como se a cidade tivesse melhorado
muito pelo que diziam por ai.
Enquanto voava por dentre os grandes arranhas céus que
lembravam as vezes as torres do palácio onde havia sido criada, sentiu algo
estranho em seu coração, como se algo a mandasse voar para longe. Não muito
tempo depois uma sombra a cobriu tapando o sol. Ao olhar para cima viu nuvens
vermelhas carregadas, os olhos de Estelar se arregalaram, que tipo de fenômeno era
aquele? Seria algum super vilão? Ou algum ser mágico fora de controle? Não sabia
como, mas sabia a resposta. Aquilo não era nada que ela já tivesse visto, as
próprias nuvens eram como se afrontassem a realidade. Em seguida um trovão, mas
como nenhum que ela já tivesse ouvido, esse era uma afronta, uma piada, uma
sátira dos que ela já tinha visto. Era como se risse e ao mesmo tempo gritasse
em desafio. A chuva começou, as gotas eram ácidas e corroíam a roupas de Kori
revelando a armadura Tamareana por baixo e mesmo a armadura em contato com a
chuva começavam a esfumaçar. Os raios se repetiram em vários lugares, seguidos
pelo trovão. Foi quando começaram a vir do céu, milhares... Ou melhor, milhões
de criaturas. A heroína não conseguia ver as criaturas, ainda estavam
descendo, mas decidiu ir de encontro e frear a maior quantidade que
pudesse.
Ia se aproximando e percebeu que aquilo talvez fosse um
erro, ao ver as criaturas seus olhos verdes sangraram assim como seus ouvidos.
Elas pareciam grandes insetos bípedes, mas não o eram de verdade. Eram rubros
cobertos por placas quitinosas, alguns tinham antenas, pinças, asas, olhos
bulbosos ou tinham tudo isso ou algumas coisas dessas. Eram um caos, era uma
tortura só olhar para aquilo, a mente tentava entender os monstros, mas não
conseguia e via aquilo que era apresentado. Mesmo tendo enfrentado todo tipo de
monstro aqueles eram diferentes, traziam consigo uma espécie de desespero só de
se lançar o olhar a eles.
Kori encheu seu coração de coragem e voou mais
rapidamente, seus olhos brilharam em um verde intenso. De seus braços raios
igualmente verdes foram disparados na direção do inimigo, alguns foram
destruídos com o contato, mas outros apenas sentiam o impacto e
continuavam descendo. Kori lançava raio após raio dando conta de alguns,
eventualmente eles se cruzaram, a maioria a ignorou, contudo alguns voaram na
direção dele ensandecidos. Eram fortes e violentos, as vezes pareciam adivinhas
os movimentos que a tamareana iria fazer e desviavam com uma velocidade
impressionante. Arrancando a cabeça de um à direita com um soco e explodindo
outro com um raio com o braço esquerdo recebeu uma pinça à suas costas. Não foi
o suficiente para perfura-la, mas a fora era grande. Virou com um chute em arco
que derrubou a criatura rapidamente em direção a uma rua que destroçou com o
impacto levantando poeira.
Quando viu a criatura cair que Kori percebeu o estado da
cidade, as nuvens estavam progredindo e muitas criaturas já estavam no
chão matando pessoas. Percebeu que não adiantava lutar sozinho, tinha que
descer e ajudar as pessoas a evacuar até reforços chegarem. Dedicou-se então a
isso. Foi ai que percebeu que o problema era maior do que parecia. Muitas
pessoas estavam insanas matando-se ou matando terceiros. Ou apenas apresentando
comportamentos aleatórios e ensandecidos. A cidade era começada a ser tomada
por um crosta vermelha e quitinosa em vários pontos, o concreto já era manchado
de vermelho onde quer que fosse. Tentava levar o maior número de pessoas para
longe enquanto explodia insetos para todos os lados. Algumas pessoas tentavam
ataca-la enquanto cuspiam insetos pequenos pelas suas bocas,
contornou tudo que pode e poupo o que foi possível da vida dos
humanos.
Um pouco de esperança tocou no coração de Kori quando viu
alguns membros da liga no local lutando contra as criaturas e salvando pessoas.
De repente viu seu comunicador ser ativado automaticamente em sua armadura. E
ouviu a voz do Batman:
-Atenção, apenas aqueles com alta resistência, força e poder engajem na
luta contra as criaturas. O resto salvem as pessoas.
A cidade parecia perdida, eram muito e muito forte. Do seu
lado pousou Nuclear, um herói poderoso que tinha a cabela flamejante e um
uniforme amarelo e vermelho, que começou a falar:
-Estelar os Titãs estão com o Asa Noturna reunidos no sul da cidade
evacuando o hospital, me pediram que se visse você para pedir que fosse
até lá. Os comunicadores estão falhando constantemente, então não adianta
tentar dar ordens por aqui.
Com isso decolou com fogo saindo de suas pernas, sem ao
menos deixar Estelar responder algo. Ela então voou rapidamente em direção ao
hospital, quando chegou lá não podia acreditar no que via. O hospital havia
sido destruído por uma criatura que era praticamente do tamanho do hospital.
Não muito longe avistou sua equipe. Mutano, Robin, Asa noturna, Ravena e
Besouro Azul. Viu sangue e voou mais rápido até eles, percebeu que o Besouro
Azul estava sem um dos pés.
-Como isso aconteceu? -Perguntou em desespero;
-Que bom que esta aqui amor - falou em um tom um pouco perdido, Asa
Noturna estava feliz em ver sua amada, mas arrasado pelo que estava acontecendo
- O Besouro estava enfrentando uma criatura quando do próprio chão saiu uma
pinça que cortou fora sua perna, mesmo com a armadura. Tentamos salvar esses
hospital, mas praticamente todos morreram pras criaturas.
-Levem as crianças para longe daqui Dick, elas não estão prontas para
isso- Kori estava com um olhar resoluto.
- Mas Kori, você...
-Não discuta comigo Richard, leve eles você é a chance deles
sobreviverem e saírem daqui. Você conhece essa cidade como ninguém.
Ao dizer essas palavras ouviram um grito, uma armadura
gigante e verde estava voando lutando contras os demônios até que é
cercada por centenas dele e é despedaçada junto com seu condutor.
-Aquele era... O Lex?-Falou de boca aberta Mutano, o menino pequeno e
verde.
Todos estavam absortos, mas isso não parou Kori que deu um
beijo em Asa Noturno e voltou para a direção do centro. Kori já havia deixado
seu mundo ser conquistado e não deixaria esse também, reconhecia uma ameaça
possível de fazer isso quando via. Enquanto voava via cenas de seus aliados
caídos. Viu a cabeça do arqueiro verde presa a um estalagmite vermelho e
quitinoso no chão, viu Hal Jordan, o lanterna verde, esquartejado preso à uma
roda que vermelha que girava no alto de um prédio. Ainda assim haviam muitos
que lutavam ferozmente, Diana, a Mulher Maravilha, cortava um a um dos insetos
e berrava de raiva. Seu corpo já era completamente coberto de substância rubra
e fedorenta. Zatana explodia vários em seguida com sua mágica.
Mais chagavam de todos os cantos para ajudar na batalha.
Kori foi na direção de onde tudo havia começado, voou rapidamente para o ponto
inicial. Mas antes que chegasse lá a pior visão de sua vida se formou, do
centro da tempestade um humanoide robusto sai flutuando lentamente. Seu corpo é
recoberto por uma armadura vermelha como a dos insetos, mas mil vezes pior, e
sua cabeça é fechada em um elmo com chifres de carneiro. A presença
congela Koriand'r, parece ser de mais para
aguentar. Sua visão demanda que ela o respeito e se entregue sendo sua serva. A
mente resiste, mas não sem Estelar vomitar. Koriand'r voa na direção dele
com fervor tendo um soco carregado de energia, o humanoide reage antes mesmo de
o movimento de ataque ter começado. Segura o soco com uma mão e dá uma joelhada
na barriga de Koriand'r, que se arca subindo alguns centímetros. Na mão do
Lorde, Gatzvalith, se forma um grande machado rubro que é usado para golpear a
guerreira para baixo.
Koriand'r ouve uma voz em sua
cabeça:
-Minha pobre criança se renda, seja a primeira das minhas
generais. Você poderá salvar todos aqueles que ama.
A voz era sedutora, ao mesmo tempo em
que perecia não dever existir. Koriand'r leva às mãos a cabeça e começa a
chorar sangue em negação. O lorde vai se aproxomando lentamente, sem pressa.
Não há porque ter pressa toca a cabeça de Estelar com afeto e diz:
-É uma pena...
Ergue o machado e começa a desferir o golpe final, antes
de termina-lo exita por microssegundos, perceptíveis apenas para olhos
como de uma tamareana, um borrão azul e vermelho leva a criatura vermelha embora.
Kori ri novamente, sabe que a esperança chegou. Superman e Gatzvalith trocam
soco e palavras, o homem de aço é impassível, nem por um segundo se deixar
seduzir. A luta causa terremotos e prédios começam a ruir ao redor. Era a
chance que Kori precisava. Ela dispara em direção, passa as nuvens vermelhas e
por um tempo se expõe para o sol. Quando volta luta dos dois esta
incontrolável, destruindo quarteirões inteiros com cada golpes, a tropa dos
lanternas verdes havia chego e mais reforços poderosos da liga, como o senhor Destino.
A o avanço da tempestade e das criaturas é freado, mas Kori sabia que não seria
para sempre, os demônios não paravam de surgir. Kori viu ao
esquadrinhar o campo de batalha o que procurava o centro de poder das
criaturas. Uma grande montanha vermelha se formava bem embaixo de onde a
tempestade havia começado. Ao tentar se aproximar, todas as criaturas dos
arredores começaram e ir na direção para impedir o avanço, isso confirmou a
teoria.
Kori, então fala, sabendo que Clark pode
ouvir-"Traga-o para a montanha, sei como os vencê-los"- em poucos
segundos Superman manda Gatz com um soco estrondoso na direção da
montanha. Koriand'r começou a brilhar,
como se todo seu corpo tivesse entrado em chamas, seus olhos mudam de cor,
ficam vermelhos. Voa na direção do Lorde e o agarra contra a montanha com toda
a sua força pelo instante que necessita. O contato com aquele ser é repugnante,
mas Koriand'r continua. Ela começa a brilhar em um laranja cada vez
mais intenso, a temperatura é tão intensa que a matéria quitinosa começa a
derreter. Kori estaria chorando, mas se qualquer liquido saísse de seu
corpo seria automaticamente evaporado. O lorde começa a soca-la nas costas a
ponto que quebrar sua coluna, mas é tarde de mais. O corpo explode, liberando a
energia similar a uma supernova concentrada. Todos e tudo sem exceção no raio
de 100 KM são extintos, até mesmo as criaturas e os horeis.
-O que? O Super teria sobrevivido ao ataque -
Questiona Damian Wayne, enquanto joga seus dados para tudo quanto é lado- Essa
história não faz sentido nenhum, onde tava o Batman? Ele teria acabado com o
Gatz sozinho! E por que ninguém veio me ajudar? Tive que destruir tudo
sozinho... Essa ficha da Estelar tá muito fraca, ela é bem mais forte do que 90
de força...
-Olha aqui. Você que pediu para jogar RPG sozinho e
essa ficha ai foi a Estelar que fez dela mesmo, se você discorda brigue com
ela. Eu não aguento mais você advogando as regras Damian, para mim chega-
Ciborgue então se levante recolhendo suas miniaturas e materiais de RPG.
-E mais uma coisa, o Batman NÂO TEM PODERES. Ele
não vence nem de um uktril.
Aquela foi uma noite tensa entre
Victor e Damian na torre dos titãs, mas após uma semana já estavam jogando Tormenta
novamente.
PS: GENTE, foi divertido. Para quem não conhece
esse cenário doido que eu botei ai no meio da história é Tormenta RPG, um RPG
brazuca, Eu curto muito jogar e decidi fazer essa maluquice ai. Eu quis fazer
algo diferente porque eu já li MUITO quadrinho por aí e é difícil encontrar um
assunto novo para se tocar nesse mundo, mas tenho certeza que não tem uma
história da Tormenta contra a DC por aí (se tiver parabéns ai quem fez primeiro
kk). Mas é isso, eu quero agradecer a minha amiga Georgia que mandou esse
desafio, espero não ter te decepcionado muito, por mim tinha mais coisa, mas se
ficasse maior ninguém ia ler. Valeu quem chegou até aqui e até uma
próxima.
Walter Mansolelli Neto
tive a mesma reação q o damian lendo essa história
ResponderExcluirMUITO BOM! Kkkkkkk como jogador de Tormenta, amei!
ResponderExcluirNão esperava por esse final.
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